sexta-feira, 31 de julho de 2015

ARTISTAS/PINTORES E OBRAS DO ROMANTISMO BRASILEIRO

·        JOSÉ MARIA DE MEDEIROS
José Maria de Medeiros foi um pintor português naturalizado brasileiro. Em 1867 entrou no Liceu de Artes e Ofícios, e em 1868 ingressou na Academia Imperial de Belas Artes, estudando com Vítor Meirelles e Francisco de Sousa Lobo.


MEDEIROS, José Maria de. Iracema, 1881. Óleo sobre tela, 168,3 cm x 225 m. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
      José Maria de Medeiros baseou-se no romance Iracema, de José de Alencar, para pintar esse quadro, um dos mais importantes do indianismo brasileiro. Na tela, a flecha que a jovem olha está enfeitada com flores de maracujá, símbolo do amor que ela sentia por Martim. A paisagem exuberante foi retratada em detalhes.
Na tela de José Maria de Medeiros, a solidão e a melancolia de Iracema sugerem seu sacrifício para tornar possível o nascimento do povo mestiço do Brasil.

·         RODOLFO AMOEDO
Rodolfo Amoedo (Salvador, 11 de dezembro de 1857  Rio de Janeiro, 31 de maio de 1941) foi um pintor, desenhista, professor e decorador brasileiro. Começou na profissão convidado por um amigo letrista para trabalhar no extinto Teatro São Pedro. Em 1873, matriculou-se no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, onde foi aluno de Costa Miranda, Sousa Lobo e Victor Meirelles. No ano seguinte, ingressou na Academia Imperial de Belas Artes.
O poema “Marabá”, de Gonçalves Dias, Inspirou este quadro. O pintor retrata a indígena mestiça com aparência europeia, como pode ser percebido por sua cor, pelos traços da face e pelo formato do corpo. A tristeza da moça se expressa por meio de seu isolamento na paisagem natural e do semblante reflexivo.


AMOEDO, Rodolfo, Marabá, 1882. Óleo sobre tela, 151,5 cm x 200,5 cm, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.


·         Araújo Porto-Alegre
Porto-Alegre foi um talento polimorfo; diplomata, crítico de arte, historiador, arquiteto, cenógrafo, poeta e escritor, deixou obra de pouca expressão na pintura, embora tenha sido o mentor da geração seguinte e talvez de todos os românticos o mais típico. Sua importância maior esteve na organização da Academia, na promoção do nacionalismo, na defesa da arte como uma força social relevante e no incentivo do progresso em geral. A fundação do periódico Nitheroy em 1836 é tida como um dos marcos iniciais do Romantismo brasileiro.

Manuel de Araújo Porto-alegre, Selva brasileira, aquarela sobre papel, sem data, acervo do Museu Júlio de Castilhos


·         Pedro Américo
Pedro Américo, cuja cena histórica A batalha de Avaí, pintada em Florença, o catapultou para a fama na Europa e o tornou célebre no Brasil antes mesmo de ser exposta ao público, gerou um aceso debate estético e ideológico que foi fundamental para a definição dos rumos da arte brasileira. Ele foi ainda um caso raro entre seus pares de cultivo paralelo intensivo do orientalismo e da pintura religiosa, gêneros onde declarou se sentir mais à vontade, embora não constituam sua produção mais relevante para a história da pintura nacional. Mas não deixam de ser documento interessante do sentimentalismo comum aos últimos românticos europeus, com quem conviveu a maior parte de sua carreira, longe do Brasil.


AMÉRICO, Pedro. Batalha do Avaí. 1872 a 1877. Óleo sobre tela. 600 x 1.100 cm. Museu Nacional de belas Artes, Rio de Janeiro

·         Victor Meirelles
Victor Meirelles, principal concorrente de Pedro Américo, foi também autor de cenas históricas emblemáticas da identidade nacional, como a A Primeira Missa no Brasil, onde adota o Indianismo e se fundem sua veia lírica com suas inclinações ora classicistas ora neobarrocas, dando forma a um dos mitos fundadores brasileiros. 


MEIRELLES, Victor. A Primeira Missa no Brasil. 1860. Óleo sobre tela. 268 × 356 cm. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

·         Almeida Júnior
Já Almeida Júnior, o outro grande nome do período, depois de um início claramente romântico onde deixou obras significativas, evoluiu rápido para a incorporação do Realismo, com grande interesse pelos tipos populares do interior. Foi o pintor por excelência do sabor da terra, da beleza da paisagem, da luz brasileira, e esse brasilianismo duradouro é o que mais justifica sua inclusão entre os românticos nacionais.


ALMEIDA, Júnior. O violeiro, 1899. Óleo sobre tela. 141 cm x 172 cm. Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo.




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