ARTISTAS/PINTORES E OBRAS DO ROMANTISMO BRASILEIRO
· JOSÉ
MARIA DE MEDEIROS
José
Maria de Medeiros foi um pintor português naturalizado brasileiro. Em 1867
entrou no Liceu de Artes e Ofícios, e em 1868 ingressou na Academia Imperial de
Belas Artes, estudando com Vítor Meirelles e Francisco de Sousa Lobo.
MEDEIROS, José Maria de. Iracema, 1881. Óleo sobre tela, 168,3 cm x 225 m. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
José Maria de Medeiros baseou-se no
romance Iracema, de José de Alencar, para pintar esse quadro, um dos mais
importantes do indianismo brasileiro. Na tela, a flecha que a jovem olha está
enfeitada com flores de maracujá, símbolo do amor que ela sentia por Martim. A
paisagem exuberante foi retratada em detalhes.
Na tela de José Maria de Medeiros, a
solidão e a melancolia de Iracema sugerem seu sacrifício para tornar possível o
nascimento do povo mestiço do Brasil.
·
RODOLFO AMOEDO
Rodolfo Amoedo (Salvador, 11 de dezembro de 1857 — Rio de Janeiro, 31 de maio de 1941) foi um pintor, desenhista, professor e decorador brasileiro. Começou na profissão convidado por um
amigo letrista para trabalhar no extinto Teatro São Pedro. Em 1873,
matriculou-se no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, onde foi aluno de Costa Miranda, Sousa Lobo e Victor Meirelles. No ano seguinte, ingressou na Academia
Imperial de Belas Artes.
O poema “Marabá”,
de Gonçalves Dias, Inspirou este quadro. O pintor retrata a indígena mestiça
com aparência europeia, como pode ser percebido por sua cor, pelos traços da
face e pelo formato do corpo. A tristeza da moça se expressa por meio de seu
isolamento na paisagem natural e do semblante reflexivo.
AMOEDO, Rodolfo, Marabá, 1882. Óleo sobre tela, 151,5
cm x 200,5 cm, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
·
Araújo Porto-Alegre
Porto-Alegre
foi um talento polimorfo; diplomata, crítico de arte, historiador, arquiteto,
cenógrafo, poeta e escritor, deixou obra de pouca expressão na pintura, embora
tenha sido o mentor da geração seguinte e talvez de todos os românticos o mais
típico. Sua importância maior esteve na organização da Academia, na promoção do
nacionalismo, na defesa da arte como uma força social relevante e no incentivo
do progresso em geral. A fundação do periódico Nitheroy em 1836 é tida como um dos marcos iniciais do Romantismo brasileiro.
Manuel
de Araújo Porto-alegre, Selva brasileira,
aquarela sobre papel, sem data, acervo do Museu Júlio de Castilhos
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Pedro Américo
Pedro
Américo, cuja cena histórica A
batalha de Avaí, pintada em Florença, o catapultou para a fama na Europa e o tornou célebre no
Brasil antes mesmo de ser exposta ao público, gerou um aceso debate estético e ideológico
que foi fundamental para a definição dos rumos da arte brasileira. Ele foi
ainda um caso raro entre seus pares de cultivo paralelo intensivo do
orientalismo e da pintura religiosa, gêneros onde declarou se sentir mais à
vontade, embora não constituam sua produção mais relevante para a história da
pintura nacional. Mas não deixam de ser documento interessante do
sentimentalismo comum aos últimos românticos europeus, com quem conviveu a
maior parte de sua carreira, longe do Brasil.
AMÉRICO, Pedro. Batalha
do Avaí. 1872 a 1877. Óleo sobre tela. 600 x 1.100 cm. Museu Nacional de
belas Artes, Rio de Janeiro
·
Victor Meirelles
Victor
Meirelles, principal concorrente de Pedro Américo, foi também autor de cenas
históricas emblemáticas da identidade nacional, como a A Primeira Missa no Brasil,
onde adota o Indianismo e se fundem sua veia lírica com suas inclinações ora
classicistas ora neobarrocas, dando forma a um dos mitos fundadores brasileiros.
MEIRELLES, Victor. A
Primeira Missa no Brasil. 1860.
Óleo sobre tela. 268 × 356 cm. Museu Nacional
de Belas Artes, Rio de Janeiro.
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Almeida Júnior
Já
Almeida Júnior, o outro grande nome do período, depois de um início claramente
romântico onde deixou obras significativas, evoluiu rápido para a incorporação
do Realismo, com grande interesse pelos tipos populares do interior. Foi o
pintor por excelência do sabor da terra, da beleza da paisagem, da luz brasileira,
e esse brasilianismo duradouro é o que mais justifica sua inclusão entre os
românticos nacionais.
ALMEIDA, Júnior. O
violeiro, 1899. Óleo sobre tela. 141 cm x 172 cm. Pinacoteca do Estado de
São Paulo, São Paulo.
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